domingo, 4 de maio de 2014

Família, o ideal de Deus para a humanidade

Vivemos em uma época em que valores, conjunturas, relações e posturas morais, éticas e políticas estão SOFRENDO reformulações. Já os princípios estão passando por uma ressignificação, expressando os ideais desta "nova era"; com suas peculiaridades pluralistas, pragmáticas e até egocêntricas. É neste cenário que a família tem sofrido ataques: por um lado o esfaçelamento do LAR ( a falta de amor, abandono dos filhos, rebeldia aos pais, maus tratos aos idosos), por outro lado a procriação é discutida se vale à pena ou não; por outro lado, a organização familiar contemporânea - fruto do pensamento humano, e tão somente, de nossa época - põe em xeque a constituição familiar à luz da Bíblia. Sendo assim, é preciso discutirmos o papel social atual da família,não como mero "ajuntamento" humano, mas antes como instrumento de DEUS para a humanidade.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Ajudando uns aos outros pelo Aconselhamento

O livro Ajudando uns aos outros pelo Aconselhamento aborda o tema aconselhamento em seu início a partir da óptica do discipulado. A princípio destaca a importância da grande comissão para cada cristão e a partir de então discorre com ênfase sobre o caráter do discípulo de Cristo. Para tanto apresenta as características do discipulado: obediência (implica deixar a Palavra de Deus exercer total controle sobre a vida do discípulo), amor (fundamenta-se no exercício do altruísmo), frutificação (consiste em ser um discípulo dedicado ao Senhor de modo a se preocupar com as pessoas investindo tempo, também, na dedicação à Palavra de Deus). Também discute os custos do discipulado. Estes abrangem toda a vida daquele que segue a Cristo: em seus relacionamentos pessoais, visto que Cristo deve ter primazia em nossas vidas mesmo em nossos relacionamentos familiares, o que não significa renegar cuidado à família antes o nosso trato deve ser entendido como um ministério diante de Deus; em suas ambições pessoais, o discípulo deve buscar a vontade do Senhor em primeiro lugar para entender a realização de seus planos; em suas posses pessoais, o seguidor de Jesus deve estar pronto para dedicar seus bens à obra de modo a contribuir com o alcance do evangelho a todos. O autor ainda discute as três responsabilidades do discipulado: testemunhando de Cristo, levando outros à maturidade, fazendo discipuladores. Em cada uma destas, aborda a relevância da continuidade do ministério do discipulado. Ainda apresenta a íntima relação entre o discipulado e o aconselhamento visto como meios de ajudar as pessoas a entenderem o plano de Deus para suas vidas. Para tanto, tece três abordagens ao aconselhamento: humanística-secular, “Deus como ajudador” e Teocêntrica,destacando os pontos mais fortes em cada: que vai da intenção de o aconselhador auxiliar o aconselhando na conquistas de seus objetivos, uma abordagem centrada no homem, até uma abordagem centrada unicamente em Deus, a qual visa estimular o homem na execução de suas atividades conforme a vontade do Espírito Santo. O autor aborda a relevância do aconselhamento bíblico a partir de autoanálise da sua trajetória enquanto recém formado em psicologia. Nos capítulos 2 e 3, o autor aborda três aspectos básicos de ajudar as pessoas, destacando como objetivo de ajuda às pessoas a funcionalidade mais eficaz em sua vida diária o que abrange o todo do ser humano em suas relações com o outro, consigo mesmo no tocante às relações interpessoais e/ou comportamentais. Desta forma, destaca a necessidade de o aconselhador preocupar-se com as emoções, com a forma de pensar e de agir do aconselhado. Assim o livro apresenta seis princípios: (1) primazia à personalidade, aos valores, às atitudes e às crenças do ajudador – destaque para características como amor, empatia, calor e autenticidade; (2) atitudes, motivação e desejo por ajuda por parte do auxiliado – o auxiliado deve ter esperança em melhorar; (3) relacionamento de ajuda entre ajudador e auxiliado – estabelecimento de contato afim entre ambos de modo que possa haver aproximação e confiança; (4) ajuda focalizada nas emoções, nos pensamentos e no comportamento do auxiliado – pensamento, sentimento e ação devem ser trabalhados juntos; (5) a ajuda envolve uma variedade de habilidades de auxílio: escutar, orientar, apoiar, confrontar, ensinar; (6) transformar auxiliados em discípulos e discipuladores – aconselhar envolve ajudar as pessoas em seus dilemas existenciais e espirituais. O autor ainda discute a eficiência de o aconselhamento ter uma abordagem amigável destacando a relevância de um amigo aconselhar outro amigo, assim destaca a importância de um tom informal e até mesmo mais descontraído, o que favorece maior aproximação e, consequente eficiência no processo de ajuda. Assim destaca a responsabilidade que cada cristão tem em aconselhar distinguindo tal responsabilidade de um dom especial. Então destaca alguns aspectos do treinamento de amigos conselheiros: (1) selecionar cuidadosamente os aprendizes; (2) Focalizar-se na Pessoa; (3) Aprender técnicas; (4) Providenciar Experiência; (5) Reconhecer Limitações. Após discutir o aconselhamento amigo para amigo, o livro aborda o aconselhamento durante uma crise seja ela de desenvolvimento ou acidental. Embora se atenha a caracterizar os tipos de crise, o autor orienta como ajudar uma pessoal em crise através do exercício da reflexão, do encorajamento, ainda destaca a importância da obra de Cristo nestes momentos. Em seguida, discorre sobre um tópico pouco explorado nas literaturas de aconselhamento que é a ajuda por telefone. Na ocasião destaca a singularidade da ajuda por este meio de comunicação apresentando vantagens como o não contato face a face para o auxiliado tímido, por exemplo; contudo, isto pode tornar-se problema para o ajudador já que não terá a possibilidade de observar elementos expressivos e importantes para a orientação como olhares, movimentos de tensão, lágrimas, aparente tristeza; cada um destes traços fica perceptível apenas pela fala, entonação ou ausência de conversa e até interrupção brusca de palavra. Assim percebe-se que o aconselhamento por telefone é mais eficiente para alguns tipos de ajuda como socorro a pessoas solitárias que apenas querem conversar, auxílio a vítimas de acidentes no caso de atendimento por policiais ou bombeiros. Ainda se discute como auxiliar um suicida, destacando métodos de abordagens, conversas que devem ser estabelecidas ou evitadas, tratamento interpessoal, encaminhamentos tomados caso necessários e para onde encaminhar, e orientação à luz bíblica se possível – certamente um dos tópicos mais polêmicos e sensíveis. A fim de evitar que os problemas surjam, o autor apresenta a “ajuda preventiva”, partindo de postulados da psicologia e psiquiatria de cunho social, assim orienta que devemos evitar os problemas ou tratá-los antes que se tornem mais difíceis de serem resolvidos. Com isto, abre espaço para abordar a responsabilidade da igreja como um corpo proativo que esteja pronto a ajudar (exortando com calor, empatia, amor e sinceridade), para tanto se baseia em Ef 4; 1 Pe 4:10. Esta primeira parte do livro termina com a discussão de como ajudar a você mesmo. Nesta parte, há a orientação para a ação do Espírito Santo sobre a vida daquele que se dispõe a ser discípulo de Jesus e para tanto deve colar-se como mordomo do Senhor no exercício de seus dons, fazendo sempre a autoanálise e comprometendo-se cada vez mais com a obra no Reino de Deus. A segunda parte apresenta o tema numa perspectiva mais teórica e menos didática, apresentando considerações ao longo do tempo e as linhas teóricas que fundamentam a prática do aconselhamento cristão ou secular atualmente, traçando certo paralelo sucinto ao longo deste último capítulo. Assim este livro contribui sobremaneira para a orientação aos mais diversos tipos humanos nas diversas fases da vida: criança, adolescência, juventude, maturidade, velhice, nas mais diversas situações: orfandade, viuvez, ansiedade diante de problemas financeiros ou de trabalhos seculares, enfrentando luta contra o pecado, problemas conjugais, dificuldades intrapessoais ou interpessoais, dificuldades com a escolha profissional, ou na execução das atividades próprias da escola, suicídio, entre outros. Portanto, esta obra constitui um manual de apoio a líderes eclesiásticos, profissionais da psicologia e/ou psiquiatria, como aos cristãos em geral que pretendem aperfeiçoar-se na área do aconselhamento. Isto porque a obra em análise favorece uma reflexão minuciosa sobre vários aspectos e temáticas que perpassam pela ação do aconselhamento de modo que associa ajudador a ajudado numa relação simbiótica, em que os dois buscam soluções juntamente. O ajudador, por seu turno, não apresenta um manual de soluções práticas, mas antes aprende a tratar com dignidade o auxiliado. Este por sua vez é apresentado como aquele que possui um histórico marcado pelas suas angústias, medos, traumas e, por estes motivos, busca ajuda, tendo em si mesmo muitas vezes a solução. Este livro orienta uma terapia a partir do jogo de perguntas certas para a hora certa diante da pessoal adequada na situação precisa. Ainda reflete a importância da atuação do ajudador amigo, embora reflita os riscos, salvo suas contribuições; apresentando com certa evidência, em tom de conselho, a preocupação com o não envolvimento emocional com a pessoal ajudada. Por outro lado reflete a importância de treinamento especializado para saber enfrentar determinada situações de maior risco. No que concerne ao ofício de líderes de igrejas, o livro oportuniza a reflexão à luz da Bíblia citando vários textos da escritura sagrada, principalmente refletindo o ministério de Jesus Cristo como exemplo a ser seguido como conselheiro destacando sua capacidade de ouvir, motivar, restaurar vidas, sanando feridas existenciais nas almas das pessoas. Portanto, esta obra representa leitura obrigatória para todos que se interessem em aprender como aconselhar, refletindo sobre estratégias, métodos, atitudes diante daqueles que se encontram em busca de auxílio.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Em Cristo precisamos nos (re)unir

Atônito! Assim fiquei após ministrar aula sobre relacionamento interpessoal a uma turma de EBD (Escola Bíblica Dominical). Ao considerar o texto de Filipenses 4, os debates sobre relacionamentos no seio da Igreja do Senhor Jesus asseveraram que há um distanciamento do padrão ensinado pelo mestre. A partir de então surgiu certa preocupação: há urgência de um ensino mais voltado para Jesus! O cristão contemporâneo tem se trancado em si mesmo de modo que o seu bem-estar deve prevalecer sobre o do seu próximo.
Isto demonstra que a ética da igreja contemporânea difere em sua essência daquela do começo da história da igreja descrita em Atos 2. 46: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração”. Este versículo sugere a satisfação de um grupo altruísta. Um membro preocupado com outro, satisfeito com o outro, amando o outro como a si mesmo.
Ao abordar o tema interrelações pessoais, surge a preocupação com os valores da sociedade em que a igreja se insere. Até porque muitas das representações exteriores do mundo que circunscreve a comunidade cristã são reproduzidas em seu interior. Assim a ansiedade, a necessidade de prosperidade financeira, a preocupação com sua autoimagem fazem com que a pessoa vá ao culto para ouvir o que satisfaz a sua alma. Como afirma Mbewe: “Isto é o que acontece a muitos crentes. Tudo que lhes interessa é desfrutar do culto, do pastor e de sua mensagem”.
Com isto o culto perde seu sentido cristocêntrico e ganha conotação de palestra. É neste contexto que o contato face a face entre os irmãos tende a se restringir a meros cumprimentos sociais. Não há mais momento para “chorar com os que choram”. Então é comum observar irmãos que não se alegram na presença dos outros até porque seus sentimentos parecem não interessar àqueles a sua volta. Que momento a igreja vive!
Neste universo tão relativo, é comum encontrarmos, pois, crentes que atribuam ao evangelho conotação de mera religião, o que o descaracteriza, já que sua essência de proclamação de boas-novas, novidade de vida, perde-se. Isto coloca o anúncio da verdade bíblica em pé de igualdade com qualquer doutrina religiosa. Desta forma as palavras da professora Karla Patriota (UFPE), graduada em Teologia, ratificam este sentimento: ”Hoje, cada pessoa quer uma religião personalizada, que tenha sua cara e atenda às suas necessidades”.
Tudo isto até agora exposto suscita a preocupação, por outro lado, com o crescimento espiritual da igreja. Será que esta preocupação encontra-se no cerne dos púlpitos? Os sermões têm cumprido o papel de ensinar e proclamar a verdade em Jesus Cristo?
Nós cristãos temos que nos preocupar com o crescimento espiritual da igreja como um organismo vivo até porque “o seu crescimento espiritual é o motivo pelo qual Deus deseja que você se torne membro de uma igreja” diz Mbewe em seu artigo Você é um Verdadeiro Membro de Igreja? referindo-se a cada cristão individualmente. Com efeito, faz-se necessário um retorno ao “primeiro amor”. Nossos ouvidos devem estar inclinados à voz do mestre para refletir sobre seus ensinos. Não podemos permitir que nossas igrejas contribuam para difusão de uma fé “insossa”. Já que “no mundo moderno, as pessoas vivem numa quase dúvida eterna, propensas a acreditar em qualquer coisa que se apresente como algo agradável”, como declara o pastor Miquéias Barreto.
O apóstolo Paulo em 1 Co 12.13 diz: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito”. Com estas palavras aprendemos, portanto, que a igreja de Jesus Cristo tem a necessidade de voltar-se para Ele e entender que nela há vidas que precisam ser protegidas das ciladas do mal. Cada vida desta é única embora seja tão distinta uma da outra. É nesta diversidade que o Senhor se revela em nós e nos conclama a viver como dignos da vocação para qual fomos chamados. Assim a igreja precisa aprender a se defender do mal deste século e amar aos domésticos da fé, de modo que em nós o evangelho do Senhor Jesus seja anunciado.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Spurgeon, um homem com olhos voltados para Deus

Ao ler um dos sermões de Charles Haddon Spurgeon intitulado A Maliginidade da Natureza Humana, comecei refletir sobre a importância do anúncio do evangelho para uma humanidade caída e alienada do Deus Verdadeiro. Ainda percebi a necessidade de ser arauto do Reino para anunciar a grandiosidade de Deus diante da pequenez humana. De fato estes esforços requerem ousadia, fé e, principalmente, arrependimento sincero dos pecados por parte do homem.

A mensagem de Spurgeon, embora seja do século XIX, torna-se contemporânea pois traduz que o homem precisa afastar-se das máscaras que o distanciam do Seu Senhor: a mentira, a hipocrisia estabelecida nos relacionamentos diários, a ética egocêntrica - desde que algo não me faça mal... -, a corrupção das relações afetivas no seio da família, a idolatria ao dinheiro, ao próprio corpo, enfim aos ídolos mais variados possíveis. Assim é bom entender o texto de Mat 9.17: "Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam." Isto implica afirmar que o homem necessita da ação de Deus para transformá-lo novo. Só Deus, através do Espírito Santo pode restaruar a natureza do homem, afastado de Deus pelo pecado.

A propósito, o pecado foi combatido nos mais diversos sermões de Spurgeon com a finalidade de levar os ouvintes a se converterem a Jesus Cristo, negando-se a si mesmos. De certa forma, conclamam as pessoas a buscarem um padrão de vida voltado para Deus e não para si mesmas - , visto que hoje, muitas vivem olhando para um espelho a sua frente. O pregador desperta a consciência altruísta bíblica, ou seja, ajudo o outro porque ele precisa de mim e não porque terei uma "alma" melhor. Não obstante estas considerações, a sociedade contemporânea precisa voltar-se para o Jesus Cristo vivo, ressureto, o qual antes morreu por amor a pessoas que o negam hoje. Já que envolvidas com seus cursos de aperfeçoamento profissional, ida a shows de artistas famosos, visistas a lugares paradisíacos, presença a eventos sociais cobiçados, acúmulo de bens materiais, não têm tempo para Ele. É uma pena: uma sociedade sem tempo para Deus e com tanto tempo para o homem!

Diante desta realidade, o que o irmão Spurgeon diria? O que diremos nós?Afinal somos tão cristãos como ele, ou não? Faz-se necessário que a igreja do Senhor Jesus possa anunciar a verdade do Evangelho com ímpeto, intrepidez, santificação e amor. Em cada tempo, o Senhor Deus tem levantado Seus arautos. Houve a época de Spurgeon, que não se calou diante daqueles que queriam negar a infabilidade da Bíblia. Hoje as vozes missionárias precisam advertir o homem pós-moderno dos riscos de seu tempo.

Com efeito, o inglês Charles Haddon Spurgeon, filho de John Spurgeon e Eliza Jarvis, convertido ao Cristianismo em 1850, tornou-se uma das vozes batistas mais representativa na proclamaçção da verdade bílbica para a humanidade. Seus sermões ecoam ainda hoje despertando a humanidade de seu estado de alienação de Deus. Não possamos, portanto, esquecer-nos do exemplo deste homem de Deus, que aos cinquenta anos voltou para o pai. É necessário anunciar a verdade em Cristo para que muitos, ouvindo, como ele ao se converter, o texto de Isaías 45.22a "Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra", convertam-se ao verdadeiro Deus.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sermão: Deus ama com Justiça

1ª Parte - Sermão – Esboço

Tema: Deus ama com justiça
Texto: Jo 3. 16-21

Introdução:
I – Amor e justiça são conceitos diferentes, mas que se complementam;
II – Em Deus conhecemos a integração destes conceitos;
III – Por que Deus ama com justiça?

Corpo:

I - Porque Deus deu seu Filho Unigênito ao mundo
A – Por amor
1 – Para crerem nEle
2 – Para não perecerem
B – Não para julgar
1 – Não veio como juiz
2 – Veio como salvador

II – Porque a sentença de Deus é justa
A – Quem crer no nome do Unigênito
1- Não será julgado
B – Quem não crer no nome do Unigênito
1 – Já está julgado

III – Porque o julgamento de Deus está na luz
A – Quem pratica a verdade
1 – Vem para luz
2 – Para manifestar suas obras
B – Os homens amaram mais as trevas
1 – Porque suas obras eram más
2 – Aborrecem a luz e não se chegam a ela
a. Para não serem questionados sobre suas obras

Conclusão:
I – Deus demonstra seu amor ao mundo enviando o Unigênito
II – O Unigênito Filho de Deus não julga, salva
III – Quem é da verdade crer no Unigênito, mas quem é mal O rejeita


Aplicação:
Creia no nome do Unigênito Filho de Deus, Jesus, para que você seja salvo e não tenha que ser julgado por Deus.



2ª Parte: Sermão escrito

Amor e justiça são palavras com conceitos diferentes, mas que uma não nega a outra, antes se completam. É exatamente em Deus que amor e justiça se juntam, pois conseguimos entender que Deus ama com justiça.
Estes conceitos foram apresentados aos judeus e não foram entendidos como relata o capítulo 3 do evangelho segundo João. Isto é possível ainda hoje. Muitos ainda não entendem por que Deus ama com justiça. E você será que entende?
Ao estudar o texto de Jo 3.16-21, apresentamos três aspectos que justificam porque Deus ama com justiça.
O primeiro deles diz respeito ao fato de DEUS TER DADO SEU FILHO UNIGÊNITO AO MUNDO. Em Jo 3.16 lemos que Deus deu seu Filho Unigênito porque amou ao mundo. Este amor tinha um propósito: que as pessoas cressem no Filho e crendo não perecessem antes tivessem vida eterna.
Notamos que o Filho não veio julgar como expressão de amor do Pai. Isto prova que não veio como juiz e sim como salvador. Meus amados, o Filho salva! É esta verdade que o Pai – Deus – quer que você entenda.
Outro aspecto mostra que A SENTENÇA DE DEUS É JUSTA. Nisto conhecemos a justiça de Deus: quem crer no nome do Unigênito não será julgado, ou seja, crer em Jesus é a única forma que o pecador possui para não ser julgado por Deus. Isto prova mais uma vez que Jesus salva. Agora você pode até pensar: e aqueles que não crerem em Jesus, não aceitá-lo? A resposta está no versículo 18: “já está julgado”. Esta, pois, é a sentença de Deus: quem crer em Jesus será salvo, mas aquele que não crer já está julgado.
Lembre-se de que a crença é no NOME de Jesus. Então você não pode alegar que precisaria vê-Lo para crer. Até porque os judeus viram e não enxergaram.
Esta atitude dos judeus consiste no terceiro aspecto: O JULGAMENTO DE DEUS ESTÁ NA LUZ. Pois quem reconhecesse a Jesus seriam os praticantes da verdade. Estes então vieram para a luz a fim de manifestar suas obras a todos. Isto prova que estes foram para luz porque creram no Unigênito. Já os que não foram à luz – muitos judeus – ficaram pelas trevas. Isto se justifica porque suas obras eram más e assim aborreceram a luz, logo não se aproximaram dela para não serem questionados sobre suas más obras.
Então entendemos que Deus demonstra seu amor pelo ao enviar o Unigênito Filho para salvar a humanidade. E neste conjunto estou eu e está você, amado ouvinte. Só que há dois grupos distintos: os da verdade, que creram em Jesus e foram para a luz, e os das trevas que, por serem maus, rejeitam o Filho Unigênito. Pois bem, em que grupo você está?
Portanto, meu amado, minha amada, creia no nome do Unigênito Filho de Deus, Jesus, para que você seja salvo e não tenha que ser julgado por Deus. Amém.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Cristo crucificado, loucura e escândalo? - Interpretação de 1 Co 1.22.23

Texto: 1 Co 1.22.23

Porque tanto os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. (Bíblia de Estudo de Almeida, SBB, Revista e Corrigida)

Nesta interpretação proponho-me analisar o porquê do escândalo em Cristo e da loucura na pregação do evangelho. Parta tanto, primeiramente, faz-se necessário entender o que o texto significa na época em que foi escrito.
A fim de desenvolver tal investigação, estudemos logo o contexto imediato deste texto. Sendo assim cabe questionar: Em que consiste o escândalo em Cristo? Quem eram os judeus que se escandalizavam? Por que a pregação do Cristo representou loucura? Quem considerava a pregação loucura?
Estas perguntas têm suas respostas nos versículos imediatamente relacionados ao texto em estudo. Conforme se lê no versículo 18: Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem..., temos a resposta à primeira pergunta, logo, a idéia de morte e ressurreição de Cristo era tida como inaceitável para o povo da época por não crer em sua pregação. “Os que perecem”, no versículo citado, aludem aos judeus que pedem sinal (Ver. 22) para crer. Isto aponta para uma crença pela fé e pelo poder de Deus segundo atesta o versículo 24: ... os que são chamados. Assim, respondendo à segunda questão, os judeus que não foram chamados, não creram por lhes faltar a fé, logo se escandalizaram em Cristo, a palavra da cruz. A fim de responder à terceira pergunta é importante citar o versículo 21 : Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria,aprouve a Deus salvar os crente pela loucura da pregação. Neste versículo há a comprovação de que o mundo (povo daquela época) não conheceu a Deus por Cristo, preferindo conhecê-lO pela própria sabedoria da época, assim a pregação do evangelho, por não ser entendida pelos gregos (já que estes buscavam a sabedoria), constituiu loucura uma vez que a ideia de ressurreição, por exemplo, não era aceita por este povo. Na tentativa de elucidar o problema da quarta pergunta, fica evidente que os gregos, por buscarem a sabedoria, não aceitaram a mensagem da cruz, portanto, não estavam no grupo dos crentes salvos por Deus.
Para continuarmos a nossa análise, é necessário estudar o texto à luz da Bíblia inteira. Isto é possível por utilizarmos as referências encontradas e por nos valermos de uma concordância temática.
Logo no versículo há referência à palavra sinal, a qual alude a prodígios, como bem atesta o texto de Jo 4.48: Então, Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis. Este texto esclarece o quanto os judeus eram incrédulos, faltava-lhes a graça, pois precisavam ver para crer. Já no tocante à sabedoria buscada pelos gregos, a referência ao texto de At 17.18-32 aponta para sistemas filosóficos dos estóicos e epicureus. Isto prova que os grupos gregos queriam conhecer a Deus conforme as explicações de suas filosofias. Utilizando uma concordância temática, ao procurar a palavra escândalo, encontramos referências aos textos de MC 6.3 e 14.7 que apresentam situações em que os judeus se escandilazaram em Jesus por mias uma vez não crerem nEle como o Cristo. Já ao procurar referências sobre loucura, o texto de Rom 1.14, utilizando um paralelismo, esclarece o caráter cultural deste povo por apresentar que são sábios. Ainda apropriando-se da própria referência do texto, no versículo 23 em estudo cita-se Gl 3.13 o que comprova a loucura para os gregos e o escândalo para os Judeus pois a morte de um homem na cruz representa maldição. Isto escandaliza os judeus, visto que esperavam um messias glorioso, e, além do mais, esta morte que conduz à salvação pela fé não era aceita pelas filosofias gregas configurando, pois, loucura.
Para prosseguir com o nosso estudo, importa averiguar o que o texto significa hoje em dia. Então quem se escandalizaria com a pregação do evangelho ou consideraria loucura a atitude de Cristo em dar sua vida em morte vicária por amor ao mundo? Ou o que constitui escândalo e loucura na pregação da palavra da cruz?
Bem como os judeus e os gregos estavam presos às suas próprias tradições, hoje há pessoas descrentes na mensagem bíblica por não se justificar pelos postulados científicos. Ainda há aquelas que preferem depositar sua fé em rituais, objetos, pessoas, as quais não salvam. É comprovada, pois, a descrença no invisível, no intocável. Isto, com efeito, caracteriza a alienação do homem contemporâneo em relação a Jesus Cristo, logo deixa de crer na mensagem da cruz, considerada então como fábula, mito.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Fichamento: Diferentes concepções de língua na prática pedagógica

O texto parte do pressuposto de que, para se ensinar Língua Portuguesa, o professor deve ter uma concepção clara do que seja umalíngua e do que seja uma criança ( na verdade, um ser humano, de maniera geral), ao citar Possenti. Conquanto, faz-se obrigatório a análise dos novos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), até porque já trazem em seu bojo teórico discussões linguísticas contemporâneas que tomam o texto como a unidade privilegiada no trabalho pedagógico. Para tanto, é proposto que se reflita sobre concepções de língua e suas consequências para as estratégias a serem adotadas no processo de ensino-aprendizagem.
Desta forma, percebe-se que os objetivos e atividades de ensino são consequência de como se entende o objeto de trabalho Língua Portuguesa:diferentes concepções resultam em diferentes práticas. Assim, considerar o texto como unidade de trabalho pedagógica em língua portuguesa enfatiza a natureza da língua como aatividade simbólica e dialógica. Isto, portanto, favorece ao indivíduo a construção de identidade através do uso da língua e que o texto é o ponto de encontro das diversas habilidades que conduzem a essa construção.
Concepções de língua
O relacionamento entre o objeto Língua Portuguesa e o processo de ensino-aprendizagem caracteriza-se por três "ápices":
1)à concepção de língua como estrutura corresponde uma ênfase na unidade morfológica, ou palavra;
2)à concepção de língua como comunicação corresponde uma ênfase na mensagem, por sua vez constituída estruturalmente pela sentença;
3)à concepção de língua como interação ou atuação social, corresponde uma ênfase na unidade texto que, por sua vez, é constituído estruturalmente por sentenças.
Isto nos chama ao compromisso com uma prática pedagógica não pautada na mera substituição do enfoque dado ao objeto de ensino, antes nos compromete com a reflexão a respeito dos diferentes focos e perspectivas que recaem sobre o ensino de Língua Portuguesa. Contudo, atualmente, o objeto Língua Portuguesa tem seu ensino discutido enquanto prática discursiva. Isto chama a atenção para práticas pedagógicas que priorizem o texto, logo o ensino deve centrar-se numa perspectiva interacional ou discursiva de linguagem. Como resultado, então, ter-se-á o estudante no centro do processo por se considerar a necessidade de constituição da identidade dos sujeitos. Assim a língua se realiza num contexto de práticas sociais, ou melhor, de práticas discursivas.
O trabalho como o texto numa perspectiva discursiva suscita o problema da interpretação, vistto que a língua se estabelece como ato de locução entre sujeitos historicamente marcados. Contudo para Foucault (1996) as condições do que pode e não pode ser dito e, portanto, interpretado encontram-se determinadas, num dado lugar e tempo, pelas práticas discursivas.
Consequências didático-pedagógicas
Estratégias, metodologias que enfatizam o estrutural acabam por não contemplar o profundo redirecionamento do ensino e da aprendizagem do vernáculo quando este é centtrado no texto.
Para Paulo Freire, abordagens de educação promotoras de um profissional compromissado com uma formação além de sua técnica constitue a contrapartida pedagógica para essa concepção dialógica de língua. Citando ainda este educador (id:1990:62) afirma : "o porfessor 'antes de ser profissional, é homem', e como tal deve ser comprometido por si mesmo, 'não pode estar fora de um contexto histório-cultural em cujas inter-relações constrói seu eu' " (id.ib.). Haja vista a importância de tal abordagem discursiva, admite-se, pois, a noção de incompletude do homem, o que se torna a força motivadora pela busca do saber. Tal pressuposto teórico ganha reforço nas palvras de Pimentel (1993:34): "os educadores concebem o conhecimento como processo, espaço conceitual, no qual professores e alunos constroem um saber novo."
Esta discussão apresenta por hora algumas implicações nas abordagens pedagógicas:
(1) a linguagem considrada com mediação simbólica, em que o usuárioda língua se constitui como sujeito, diferenciando-se de "objeto" pelas escolhas no processo cultural; (2) o dialogismo que se instaura na linguagem como trabalho e na ação do homem pela linguagem, para dar forma ao mundo e a ele próprio no seu lugar nesse mundo, com a tomada de consci~encia das opções nesse processo; (3) a interação entre sujeitos históricos (professor e aluno) que ultrapassam, na construção do conhecimento, o que se convencionou rotular de forma e de conteúdo da linguagem.
Já no que concerne à Língua Portugesa, temos:
(1)da ênase na gramática, ou na metalinguagem, para o uso da língua; (2) do privilégio da norma culta ideal de língua para a norma culta convivendo com variantes linguísticas; (3) da leitura e escrita concebida como decodificação e silêncio para a leitura e escrita como compreensão ativa e reflexão crítica; (4) do erro como violação da norma de prestígio para o erro como inadequação situação de uso.
Considerações finais
Uma prática pedagógica que entenda o ensino de Língua Portugesa como atividade discursiva, logo, tome o texto como centro constitue um desafio. Este torna-se ainda maior à medida que percebemos a incompletude da linguagem no cerne de toda a prática. Por hora o professor se ver, então, convidado a desenvolver atividades discursivas o que o compromete com o seu aluno num processo de interação social, visto que passa a tatar o ensino de língua como um processo simbólico e, portanto, histórico.
Bibliografia
COROA,Maria Luiza Monteiro Salles. Diferentes Concepções de Língua na Prática Pedagógica. Revista do GELNE, Vol. 3, nº2, 2001.