quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Spurgeon, um homem com olhos voltados para Deus

Ao ler um dos sermões de Charles Haddon Spurgeon intitulado A Maliginidade da Natureza Humana, comecei refletir sobre a importância do anúncio do evangelho para uma humanidade caída e alienada do Deus Verdadeiro. Ainda percebi a necessidade de ser arauto do Reino para anunciar a grandiosidade de Deus diante da pequenez humana. De fato estes esforços requerem ousadia, fé e, principalmente, arrependimento sincero dos pecados por parte do homem.

A mensagem de Spurgeon, embora seja do século XIX, torna-se contemporânea pois traduz que o homem precisa afastar-se das máscaras que o distanciam do Seu Senhor: a mentira, a hipocrisia estabelecida nos relacionamentos diários, a ética egocêntrica - desde que algo não me faça mal... -, a corrupção das relações afetivas no seio da família, a idolatria ao dinheiro, ao próprio corpo, enfim aos ídolos mais variados possíveis. Assim é bom entender o texto de Mat 9.17: "Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam." Isto implica afirmar que o homem necessita da ação de Deus para transformá-lo novo. Só Deus, através do Espírito Santo pode restaruar a natureza do homem, afastado de Deus pelo pecado.

A propósito, o pecado foi combatido nos mais diversos sermões de Spurgeon com a finalidade de levar os ouvintes a se converterem a Jesus Cristo, negando-se a si mesmos. De certa forma, conclamam as pessoas a buscarem um padrão de vida voltado para Deus e não para si mesmas - , visto que hoje, muitas vivem olhando para um espelho a sua frente. O pregador desperta a consciência altruísta bíblica, ou seja, ajudo o outro porque ele precisa de mim e não porque terei uma "alma" melhor. Não obstante estas considerações, a sociedade contemporânea precisa voltar-se para o Jesus Cristo vivo, ressureto, o qual antes morreu por amor a pessoas que o negam hoje. Já que envolvidas com seus cursos de aperfeçoamento profissional, ida a shows de artistas famosos, visistas a lugares paradisíacos, presença a eventos sociais cobiçados, acúmulo de bens materiais, não têm tempo para Ele. É uma pena: uma sociedade sem tempo para Deus e com tanto tempo para o homem!

Diante desta realidade, o que o irmão Spurgeon diria? O que diremos nós?Afinal somos tão cristãos como ele, ou não? Faz-se necessário que a igreja do Senhor Jesus possa anunciar a verdade do Evangelho com ímpeto, intrepidez, santificação e amor. Em cada tempo, o Senhor Deus tem levantado Seus arautos. Houve a época de Spurgeon, que não se calou diante daqueles que queriam negar a infabilidade da Bíblia. Hoje as vozes missionárias precisam advertir o homem pós-moderno dos riscos de seu tempo.

Com efeito, o inglês Charles Haddon Spurgeon, filho de John Spurgeon e Eliza Jarvis, convertido ao Cristianismo em 1850, tornou-se uma das vozes batistas mais representativa na proclamaçção da verdade bílbica para a humanidade. Seus sermões ecoam ainda hoje despertando a humanidade de seu estado de alienação de Deus. Não possamos, portanto, esquecer-nos do exemplo deste homem de Deus, que aos cinquenta anos voltou para o pai. É necessário anunciar a verdade em Cristo para que muitos, ouvindo, como ele ao se converter, o texto de Isaías 45.22a "Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra", convertam-se ao verdadeiro Deus.