quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sermão: Deus ama com Justiça

1ª Parte - Sermão – Esboço

Tema: Deus ama com justiça
Texto: Jo 3. 16-21

Introdução:
I – Amor e justiça são conceitos diferentes, mas que se complementam;
II – Em Deus conhecemos a integração destes conceitos;
III – Por que Deus ama com justiça?

Corpo:

I - Porque Deus deu seu Filho Unigênito ao mundo
A – Por amor
1 – Para crerem nEle
2 – Para não perecerem
B – Não para julgar
1 – Não veio como juiz
2 – Veio como salvador

II – Porque a sentença de Deus é justa
A – Quem crer no nome do Unigênito
1- Não será julgado
B – Quem não crer no nome do Unigênito
1 – Já está julgado

III – Porque o julgamento de Deus está na luz
A – Quem pratica a verdade
1 – Vem para luz
2 – Para manifestar suas obras
B – Os homens amaram mais as trevas
1 – Porque suas obras eram más
2 – Aborrecem a luz e não se chegam a ela
a. Para não serem questionados sobre suas obras

Conclusão:
I – Deus demonstra seu amor ao mundo enviando o Unigênito
II – O Unigênito Filho de Deus não julga, salva
III – Quem é da verdade crer no Unigênito, mas quem é mal O rejeita


Aplicação:
Creia no nome do Unigênito Filho de Deus, Jesus, para que você seja salvo e não tenha que ser julgado por Deus.



2ª Parte: Sermão escrito

Amor e justiça são palavras com conceitos diferentes, mas que uma não nega a outra, antes se completam. É exatamente em Deus que amor e justiça se juntam, pois conseguimos entender que Deus ama com justiça.
Estes conceitos foram apresentados aos judeus e não foram entendidos como relata o capítulo 3 do evangelho segundo João. Isto é possível ainda hoje. Muitos ainda não entendem por que Deus ama com justiça. E você será que entende?
Ao estudar o texto de Jo 3.16-21, apresentamos três aspectos que justificam porque Deus ama com justiça.
O primeiro deles diz respeito ao fato de DEUS TER DADO SEU FILHO UNIGÊNITO AO MUNDO. Em Jo 3.16 lemos que Deus deu seu Filho Unigênito porque amou ao mundo. Este amor tinha um propósito: que as pessoas cressem no Filho e crendo não perecessem antes tivessem vida eterna.
Notamos que o Filho não veio julgar como expressão de amor do Pai. Isto prova que não veio como juiz e sim como salvador. Meus amados, o Filho salva! É esta verdade que o Pai – Deus – quer que você entenda.
Outro aspecto mostra que A SENTENÇA DE DEUS É JUSTA. Nisto conhecemos a justiça de Deus: quem crer no nome do Unigênito não será julgado, ou seja, crer em Jesus é a única forma que o pecador possui para não ser julgado por Deus. Isto prova mais uma vez que Jesus salva. Agora você pode até pensar: e aqueles que não crerem em Jesus, não aceitá-lo? A resposta está no versículo 18: “já está julgado”. Esta, pois, é a sentença de Deus: quem crer em Jesus será salvo, mas aquele que não crer já está julgado.
Lembre-se de que a crença é no NOME de Jesus. Então você não pode alegar que precisaria vê-Lo para crer. Até porque os judeus viram e não enxergaram.
Esta atitude dos judeus consiste no terceiro aspecto: O JULGAMENTO DE DEUS ESTÁ NA LUZ. Pois quem reconhecesse a Jesus seriam os praticantes da verdade. Estes então vieram para a luz a fim de manifestar suas obras a todos. Isto prova que estes foram para luz porque creram no Unigênito. Já os que não foram à luz – muitos judeus – ficaram pelas trevas. Isto se justifica porque suas obras eram más e assim aborreceram a luz, logo não se aproximaram dela para não serem questionados sobre suas más obras.
Então entendemos que Deus demonstra seu amor pelo ao enviar o Unigênito Filho para salvar a humanidade. E neste conjunto estou eu e está você, amado ouvinte. Só que há dois grupos distintos: os da verdade, que creram em Jesus e foram para a luz, e os das trevas que, por serem maus, rejeitam o Filho Unigênito. Pois bem, em que grupo você está?
Portanto, meu amado, minha amada, creia no nome do Unigênito Filho de Deus, Jesus, para que você seja salvo e não tenha que ser julgado por Deus. Amém.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Cristo crucificado, loucura e escândalo? - Interpretação de 1 Co 1.22.23

Texto: 1 Co 1.22.23

Porque tanto os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. (Bíblia de Estudo de Almeida, SBB, Revista e Corrigida)

Nesta interpretação proponho-me analisar o porquê do escândalo em Cristo e da loucura na pregação do evangelho. Parta tanto, primeiramente, faz-se necessário entender o que o texto significa na época em que foi escrito.
A fim de desenvolver tal investigação, estudemos logo o contexto imediato deste texto. Sendo assim cabe questionar: Em que consiste o escândalo em Cristo? Quem eram os judeus que se escandalizavam? Por que a pregação do Cristo representou loucura? Quem considerava a pregação loucura?
Estas perguntas têm suas respostas nos versículos imediatamente relacionados ao texto em estudo. Conforme se lê no versículo 18: Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem..., temos a resposta à primeira pergunta, logo, a idéia de morte e ressurreição de Cristo era tida como inaceitável para o povo da época por não crer em sua pregação. “Os que perecem”, no versículo citado, aludem aos judeus que pedem sinal (Ver. 22) para crer. Isto aponta para uma crença pela fé e pelo poder de Deus segundo atesta o versículo 24: ... os que são chamados. Assim, respondendo à segunda questão, os judeus que não foram chamados, não creram por lhes faltar a fé, logo se escandalizaram em Cristo, a palavra da cruz. A fim de responder à terceira pergunta é importante citar o versículo 21 : Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria,aprouve a Deus salvar os crente pela loucura da pregação. Neste versículo há a comprovação de que o mundo (povo daquela época) não conheceu a Deus por Cristo, preferindo conhecê-lO pela própria sabedoria da época, assim a pregação do evangelho, por não ser entendida pelos gregos (já que estes buscavam a sabedoria), constituiu loucura uma vez que a ideia de ressurreição, por exemplo, não era aceita por este povo. Na tentativa de elucidar o problema da quarta pergunta, fica evidente que os gregos, por buscarem a sabedoria, não aceitaram a mensagem da cruz, portanto, não estavam no grupo dos crentes salvos por Deus.
Para continuarmos a nossa análise, é necessário estudar o texto à luz da Bíblia inteira. Isto é possível por utilizarmos as referências encontradas e por nos valermos de uma concordância temática.
Logo no versículo há referência à palavra sinal, a qual alude a prodígios, como bem atesta o texto de Jo 4.48: Então, Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis. Este texto esclarece o quanto os judeus eram incrédulos, faltava-lhes a graça, pois precisavam ver para crer. Já no tocante à sabedoria buscada pelos gregos, a referência ao texto de At 17.18-32 aponta para sistemas filosóficos dos estóicos e epicureus. Isto prova que os grupos gregos queriam conhecer a Deus conforme as explicações de suas filosofias. Utilizando uma concordância temática, ao procurar a palavra escândalo, encontramos referências aos textos de MC 6.3 e 14.7 que apresentam situações em que os judeus se escandilazaram em Jesus por mias uma vez não crerem nEle como o Cristo. Já ao procurar referências sobre loucura, o texto de Rom 1.14, utilizando um paralelismo, esclarece o caráter cultural deste povo por apresentar que são sábios. Ainda apropriando-se da própria referência do texto, no versículo 23 em estudo cita-se Gl 3.13 o que comprova a loucura para os gregos e o escândalo para os Judeus pois a morte de um homem na cruz representa maldição. Isto escandaliza os judeus, visto que esperavam um messias glorioso, e, além do mais, esta morte que conduz à salvação pela fé não era aceita pelas filosofias gregas configurando, pois, loucura.
Para prosseguir com o nosso estudo, importa averiguar o que o texto significa hoje em dia. Então quem se escandalizaria com a pregação do evangelho ou consideraria loucura a atitude de Cristo em dar sua vida em morte vicária por amor ao mundo? Ou o que constitui escândalo e loucura na pregação da palavra da cruz?
Bem como os judeus e os gregos estavam presos às suas próprias tradições, hoje há pessoas descrentes na mensagem bíblica por não se justificar pelos postulados científicos. Ainda há aquelas que preferem depositar sua fé em rituais, objetos, pessoas, as quais não salvam. É comprovada, pois, a descrença no invisível, no intocável. Isto, com efeito, caracteriza a alienação do homem contemporâneo em relação a Jesus Cristo, logo deixa de crer na mensagem da cruz, considerada então como fábula, mito.